Encenação: João Sanches
Elenco: Evelin Buchegger, Mariana Moreno, Wanderley Meira, Talis Castro e Leonardo Bittencourt
Cenografia: João Sanches e Wanderley Meira
Figurino e maquiagem: Guilherme Hunder e João Sanches
Iluminação: João Sanches
Trilha ao vivo: Leonardo Bittencourt
Fotos: Caio Lírio e Diney Araújo
Realização: Transformação Projetos Culturais e Baú Produções
Com uma dramaturgia radicalmente fragmentada e dinâmica, Chorume reflete sobre o excesso de lixo (material, verbal, emocional e comportamental) que a vida urbana tem produzido numa velocidade impressionante. Composta a partir de restos de outros textos do autor e também de todo tipo de literatura “imprória para o palco”, como afirma o próprio Calderoni, a peça apresenta um dispositivo polifônico em que se pode ouvir/ver, de maneira louca e caótica, as diversas vozes e cenas que atravessam diariamente o cotidiano das grandes cidades. Num mundo do “hiper” (hipermercado, hiperconsumo, hiperconectividade, hipervelocidade, hiper-comunicação), em que a velocidade do consumo se confunde com a velocidade do descarte, onde as tecnologias de informação permitem a publicização massiva de opiniões, imagens, notícias e apelos diversos, a encenação baiana de Chorume – uma comédia de restos convida a plateia a se perguntar sobre sua identidade e revirar esse grande “lixão” que se tornou nossas cidades, nossas time lines, nossas vidas.